10/10/2014


O ocidental exige e espera que seu “Caminho” seja construído com todos os artifícios egoístas do conforto moderno, pavimentado, projetado com ferrovias rápidas e telégrafos e mesmo telescópios, através dos quais ele possa, enquanto confortavelmente sentado, pesquisar as obras de outras pessoas; e enquanto as critica, procura o caminho mais fácil para fazer de conta que é Ocultista e Estudante amadorístico de Teosofia.

O “Caminho” real para o conhecimento esotérico é muito diferente. Sua porta é coberta pelos arbustos espinhosos da negligência. As caricaturas da verdade, durante longas eras bloqueiam o caminho, e o caminho é obscurecido pelo desprezo orgulhoso da auto-suficiência e com cada verdade distorcida até ficar fora de foco. Atravessar sozinho o portal exige um trabalho de anos, incessante, frequentemente sem recompensas, e uma vez do outro lado do portal, o cansado peregrino tem que avançar arduamente a pé, porque a trilha estreita leva a alturas aparentemente inalcançáveis da montanha, não medidas e desconhecidas, a não ser para aqueles que já alcançaram antes os picos ocultos por nuvens. Assim, ele deve escalar passo a passo, tendo que conquistar com seus próprios esforços cada centímetro do chão à sua frente, movendo-se para adiante, guiado por estranhos pontos de referência cujo significado ele só pode determinar decifrando as inscrições castigadas pelo mau tempo, deterioradas, enquanto ele segue; porque ai dele se, em vez de estudá-las, ele fica friamente inativo e as define como “indecifráveis”. A “Doutrina do Olho” é maya; só a Doutrina do “Coração” pode fazer dele um eleito. (Helena P. Blavatsky)

Um comentário:

Dra. Cristiane Grande Jimenez Marino disse...

Olá Helenice,

Que bela frase de Helena Blavatsky, muito profunda. Realmente quando cruzamos o portal no caminho do despertar iniciamos uma jornada solitária, por mais que existam orientações, o caminho de cada um é único.
Bjs e ótimo final de semana
P.S. Adorei a imagem, muito inspiradora