04/03/2009


É preciso a todos os momentos cultivar o silêncio como planta tenra, para que possamos encontrar a solidão no meio do mundo. Cada objeto, cada ser, cada instante é um mistério pleno de significação. Debaixo da superfície das coisas está a base última onde elas se encontram. Cada uma delas é um caminho aberto para o encontro com aquele que as sustém em sua grandeza infinita. O encontro é um ato de silêncio. Pois não há participação sem silêncio. Silêncio da fonte que brota no deserto. Do lótus que desabrocha. Da lágrima que escorre. Tudo se resume, então, segundo o Zen, na busca desse silêncio no meio de um universo de ruídos. A atitude deve ser a da obervação pura dos que se sentam e contemplam sem procurar se envolver com os acontecimentos. (Thomas Merton in ZEN e As Aves de Rapina)


arte de Michael Kraehmer

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