30/09/2008


Muitas vezes, pergunto a mim mesmo onde estão as fronteiras entre o homem e os animais, cujo coração ignora a linguagem falada.

Onde, em primitivo paraíso, na remota manhã da criação havia o simples caminho através do qual se visitavam seus corações?

Os sinais das pisadas não foram apagados, embora tenha sido há muito esquecido o parentesco.

Mas, de repente, sob a forma de música silenciosa, desperta a memória sombria e o animal olha a face humana com ternura e confiança e o homem olha nos olhos do bicho, afetuoso e satisfeito.

Parece que os dois amigos mascarados conhecem-se vagamente um ao outro, através do disfarce.
(Rabindranath Tagore in O Jardineiro)

Um comentário:

-Helô Helê- disse...

Roubei pra mim! =c)

Amor!